O governador Romeu Zema (Novo) exonerou um diretor regional que responde a um processo na Justiça por estupro. A decisão foi publicada no Diário Oficial do último sábado (16).

Conforme mostrou o Aparte de quinta-feira (14), o servidor havia sido nomeado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) no dia 30 de janeiro para o cargo comissionado. Na ocasião, a pasta informou que a secretária Elizabeth Jucá, “não tinha conhecimento sobre o caso quando o servidor foi indicado para assumir temporariamente a regional e, tão logo tomou conhecimento, determinou a imediata substituição do funcionário”

Na nota, a secretaria também justificou que a nomeação foi resultado de uma “falha na comunicação interna, mas que o caso servirá como exemplo”. A Sedese também disse que lamentava o ocorrido e reafirmou "o compromisso com a ética e com princípios da administração pública, aguardando o desfecho do processo no Judiciário”. 

Na última quarta-feira  (13), coincidentemente, foi publicada no Diário Oficial “Minas Gerais” a concessão de uma gratificação para ele.

Entenda

A ação por abuso sexual foi instaurada em julho de 2016. Na época, uma jovem de 19 anos, que participava do 2º Encontro Mineiro dos Estudantes do Campo de Públicas, em Bom Despacho, na região central do Estado, acusou três homens de terem abusado dela. Os rapazes eram funcionários do governo estadual à época e ex-alunos da Fundação João Pinheiro (FJP), organizadora do evento. Entre os três estava o servidor que foi exonerado no último fim de semana pelo governo.

O crime teria ocorrido em uma pousada. De acordo com a vítima, ela se envolveu com um dos três rapazes em uma festa e, após beber muito, acordou em um quarto, nua, de bruços, com os três homens seminus ao seu redor. Na época ela também contou à polícia que, ao despertar e se deparar com a cena, gritou: “Quem vocês acham que eu sou?”, e correu para o banheiro. Cinco dias após o acontecimento, a jovem resolveu denunciar o ocorrido. O caso foi noticiado por O TEMPO no dia 9 de junho de 2016. O processo tramita em segredo de Justiça. 

Na última quarta-feira (13), o ex-diretor regional da Sedese foi ouvido em audiência de interrogatório, na comarca de Bom Despacho. O próximo passo é a sentença sobre o caso, entretanto, não há prazo para que ela seja proferida.