Os senadores mineiros gastaram juntos, no primeiro ano da 56ª legislatura, um total de R$ 807,5 mil com Cotas para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceaps), as populares verbas indenizatórias. Os dados são referentes à prestação de contas feita pelos parlamentares entre fevereiro – quando começou a atual legislatura – e a primeira quinzena de dezembro, e estão disponíveis no Portal da Transparência do Senado Federal.
Entre os três representantes de Minas, o senador Rodrigo Pacheco (DEM) foi o que mais recorreu ao reembolso: R$ 283.739,24 no ano. O valor é maior do que a média nacional da Casa, que ficou em torno de R$ 280,4 mil ao ano.
Entretanto, os outros dois senadores mineiros, Antonio Anastasia (PSDB) e Carlos Viana (PSD), ficaram abaixo dessa média. Enquanto o segundo colocado no ranking de gastos dos senadores mineiros foi Anastasia, com R$ 271.398,69, Viana, que é estreante no Senado, foi o que registrou a menor despesa: R$ 252.449,55.
Já dentro dos gabinetes a prioridade foi diferente para cada um dos parlamentares. Anastasia gastou mais com passagens aéreas, valores que somam R$ 107,1 mil, Rodrigo Pacheco desembolsou R$ 134,1 mil somente com contratação de consultorias e assessorias, entre outros. O senador Carlos Viana, por sua vez, empenhou o maior montante em aluguel de imóveis para escritório: R$ 92 mil ao longo de 2019.
A Ceaps reúne verbas para custear despesas consideradas típicas, como passagens aéreas, telefonia, serviços postais, manutenção de escritórios de apoio, alimentação, hospedagem, gastos com locomoção e contratação de consultorias. O valor da cota é diferente para senadores de Estados distintos, já que leva em conta o preço das passagens aéreas de Brasília até a capital do Estado que o parlamentar representa. Em Minas, cada um dos três senadores pode ser ressarcido em até R$ 28.496,20 por mês. Caso o político não gaste todo o recurso, o saldo é acumulado para que possa ser usado futuramente.
O salário mensal de cada senador é de R$ 33.763,00, e, além da cota parlamentar, os parlamentares ainda têm direito a auxílio-moradia de até R$ 5.500 e verba de gabinete de R$ 160 mil para contratar até 55 servidores. No caso dos representantes de Minas, somente Rodrigo Pacheco faz uso do auxílio-moradia.
Campeão de gastos entre os representantes do Estado na Casa, o democrata justificou que os gastos estão abaixo do limite estabelecido para o exercício da atividade parlamentar de senador. “(Os gastos) são condizentes com um mandato responsável e que prioriza a eficiência nas suas ações”, informou Rodrigo Pacheco por meio de nota enviada pela sua assessoria.