Ainda em julho

Base de Zema na ALMG se articula para votar veto à reforma administrativa

Intenção é realizar votação ainda em julho, mas proximidade do recesso e baixo quórum na Casa dificultam articulações

Por Sávio Gabriel
Publicado em 16 de julho de 2019 | 15:57
 
 
 
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Deputados da base do governador Romeu Zema (Novo) e o presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Agostinho Patrus (PV), participaram, na tarde desta terça-feira (16), de um almoço realizado na ALMG. O encontro, que oficialmente foi organizado para celebrar o fim das atividades legislativas do primeiro semestre – a ALMG entra em recesso na próxima quinta-feira (18), serviu também para que o bloco se articulasse em torno da votação do veto do governo à reforma administrativa. Romeu Zema não estava presente.

“Falamos sobre a questão do veto, e talvez ele seja votado já amanhã (quarta) em plenário”, disse o deputado estadual Bartô (Novo). Correligionário de Zema, ele admite que a votação ainda neste mês está incerta, conforme antecipou O TEMPO.

“Ainda está muito incerto. Vai ter uma reunião de líderes, e o que dizem é que as articulações estão fluindo”, comentou. Os líderes dos blocos na ALMG se reúnem nesta terça-feira para definir se o projeto será ou não votado em sessão extraordinária a ser realizada nesta quarta-feira.

A realização da votação ainda em julho depende basicamente de uma articulação entre o governo Zema e a ALMG. Nos bastidores, o que se comenta é que ainda não há um entendimento. Um dos pontos que tem atrapalhado a votação é o baixo quórum de parlamentares. Às vésperas do início do recesso, a presença nas reuniões plenárias têm sido baixas, e para manter o veto o governo precisa de 39 votos.

Muitos deputados, principalmente os com base no interior, já teriam retornado às suas cidades, dificultando a articulação. O líder do governo, Luiz Humberto Carneiro (PSDB), tem ligado para os parlamentares para garantir o quórum mínimo.

Em reserva, um deputado independente comentou que o veto ao pagamento de jetons – remunerações extras pagas a secretários que ocupam cargos em conselhos de estatais – tem possibilidade de ser mantido.

“Tudo vai depender de como se comportam as bancadas, se os líderes liberarem os integrantes para votar, sem fechar questão”, disse. Nesse sentido, o posicionamento do bloco independente Liberdade e Progresso, que decidiu liberar seus membros com relação aos jetons, é encarado como um fator positivo dentro da ALMG.

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