Principais candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Lula ainda não conseguiram impulsionar as candidaturas ao Senado de seus aliados em Minas Gerais. Segundo a última pesquisa DATATEMPO, o ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio tem 5% das intenções de voto, enquanto o senador Alexandre Silveira (PSD), que tem o apoio do PT, tem 4,4%.
Ambos estão tecnicamente na terceira colocação, pois empatam dentro da margem de erro com outros candidatos. A disputa pela vaga de senador é liderada, neste momento, por Aécio Neves (PSDB), que tem 24,8%, seguido de Cleitinho Azevedo, com 12,8%.
Marcelo Álvaro Antônio (PL) aposta na proximidade com Bolsonaro para sair vencedor das eleições. Ele tem comparecido às agendas do presidente em Minas Gerais. Na maior parte das visitas, veste uma camisa da seleção brasileira de futebol, como fez em Juiz de Fora no último dia 15, quando Bolsonaro visitou o hospital que o operou após a facada na campanha de 2018.
Já Alexandre Silveira (PSD) tem como estratégia herdar os votos do ex-presidente Lula. Em Minas, o PSD recebeu o apoio do PT. O senador tem rodado pelo Estado acompanhado do candidato a governador, Alexandre Kalil (PSD), e de deputados petistas. Ele busca ressaltar a ligação com Lula nas redes sociais e frequentemente faz a letra “L” nos eventos de pré-campanha.
“Embora seja possível que a polarização do cenário federal se coloque na disputa pelo Senado, outras questões como o apoio estadual e o carisma dos próprios candidatos tendem a ser variáveis mais importantes nas eleições legislativas”, explica a analista do instituto DATATEMPO, Bruna Assis. Enquanto Álvaro Antônio é apoiado por Carlos Viana (PL), Silveira está na chapa de Kalil.
“A literatura aponta que o maior impacto do apoio dos presidenciáveis na disputa pelo Senado é a abertura do palanque para que seus nomes sejam mais conhecidos e fidelizados entre os eleitores de cada sigla”, disse ela.