Eleições 2022

Cansado de esperar por Zema, Bolsonaro define apoio a Viana em Minas

Em reunião nesta terça, em Brasília, Bolsonaro definiu que Viana será o seu candidato ao governo de Minas, e dará palanque a ele no Estado

Por Franco Malheiro
Publicado em 12 de julho de 2022 | 18:49
 
 
 
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Após uma semana de negociações frustradas com o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e com integrantes da cúpula do Novo, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, confirmou nesta terça-feira que seguirá com a pré-candidatura do senador Carlos Viana (PL) ao governo de Minas, conforme informações obtidas pela reportagem de O TEMPO

Em reunião nesta terça, em Brasília, Bolsonaro definiu que Viana será o seu candidato ao governo e dará palanque a ele no Estado. Participaram do encontro, além de Bolsonaro e Viana, o pré-candidato ao Senado, deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL), o presidente estadual do União Brasil, deputado Marcelo Freitas e, por videochamada, o presidente estadual do Republicanos, deputado Gilberto Abramo.      

Embora o presidente ainda não tenha feito uma declaração de apoio pública, a pré-candidatura de Viana ganhou fôlego nas últimas semanas após uma possível aliança de Bolsonaro com Zema não ter caminhado. 

No começo da semana passada, conforme mostrou O TEMPO, Zema, acompanhado do deputado Marcelo Aro (PP) e do secretário de Governo, Igor Eto, se encontrou com Bolsonaro e discutiram sobre o possível apoio mútuo no Estado.

No entanto, as conversas não avançaram, porque o Novo teria oferecido apoio informal à candidatura à reeleição de Bolsonaro no primeiro turno, apoiando formalmente apenas em um eventual segundo turno. Possibilidade que não agradou o PL que busca palanque competitivo em Minas.  

Após a reunião desta terça-feira, o senador confirmou à reportagem que Bolsonaro reforçou a candidatura dele ao Palácio Tiradentes.

"Hoje o presidente reforçou que eu sou o candidato dele em Minas. Reforçou minha candidatura. Agora, vamos trabalhar em uma data para o lançamento dela no Estado”, afirmou Viana.

“Eu sei que houve conversas com a chapa do Zema, mas fizeram uma proposta que não funciona para o presidente. Que é eles manterem a chapa cheia deles e declarar apoio no segundo turno. Isso está fora de questão para o presidente e para o PL”, contou.

Chapa do PL

A convenção partidária do PL em Minas está marcada para o dia 20 de julho, caso a pré-candidatura do senador se mantenha, será nessa ocasião que a chapa será confirmada. Até o momento, a chapa majoritária do PL em Minas, conta com Viana, como pré-candidato ao governo e o deputado e ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio na briga pelo Senado.

Para a vaga de vice-governador, Viana afirma que já vem discutindo com partidos que podem coligar com o PL. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o nome para a vaga pode vir do Republicanos ou do União Brasil.  

Questionado, Viana pontuou que, pessoalmente, tem uma preferência pelo nome do deputado Bilac Pinto (União Brasil). O parlamentar chegou a ser convidado para ser vice na chapa de Zema, mas não se confirmou na vaga. 

“Estamos conversando com os partidos para a construção da chapa e para essa vaga para o vice. Ainda estamos acertando apoios. Eu tenho uma preferência no nome do deputado Bilac Pinto. O apoio do União Brasil a nossa candidatura seria de extrema importância”, avalia Viana.

Visita a Juiz de Fora

Na reunião desta terça-feira, ficou definida a visita de Bolsonaro à Juiz de Fora nas sexta-feira (15). Será a primeira vez do presidente na cidade da Zona da Mata após ele ter levado uma facada em 2018. 

Segundo Viana, Bolsonaro vai chegar na cidade pela manhã e fará uma ‘motociata’ às 9h até o Centro Educacional e Social Betel, onde ocorrerá a Convenção Estadual das Assembleias de Deus Ministério de Madureira. Após o evento, que deve contar com a presença de mais de mil líderes religiosos, a previsão é de que o presidente retorne a Brasília. 

“Existem inúmeros pedidos para que o presidente estique sua estadia e participe de outros eventos na cidade, no entanto, optou-se por uma agenda mais curta, uma trajeto mais curto até mesmo para a segurança dele. Não deverá ter caminhadas pelas ruas de Juiz de Fora”, explicou o senador.

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