BRASÍLIA - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, será convidada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado para apresentar as metas e prioridades da pasta que comanda neste ano. O requerimento de convite, que não obriga o comparecimento, foi aprovado pelo colegiado nesta terça-feira (11).
O autor do pedido foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES), alinhado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Contarato, o Ministério chefiado por Marina “tem colocado o meio ambiente como uma das suas principais prioridades, especialmente no fortalecimento da política ambiental do país e na promoção da transição para uma economia de baixo carbono”.
"A participação do Brasil na COP 30, em 2025, representa um marco importante nesse contexto, reforçando o papel do país como protagonista nas discussões globais sobre clima e sustentabilidade, além de destacar a necessidade de ações coletivas para mitigar os efeitos do aquecimento global”, acrescentou.
Ainda de acordo com o senador, a ida de Marina Silva à comissão é para “esclarecer à sociedade os desafios enfrentados na implementação das políticas públicas voltadas à preservação ambiental”.
A ministra do Meio Ambiente tem enfrentado uma situação de entraves dentro do governo. Ela é pressionada por Lula para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão que sua pasta coordena, libere a autorização para que a Petrobras faça pesquisas para exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira.
O local é uma faixa no litoral Norte do Brasil entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, também conhecida como Foz do Amazonas. Marina tem reforçado que a decisão do Ibama será técnica, enquanto Lula reforça publicamente sua intenção de fazer pesquisas para explorar o local.
"Tenho certeza que a Marina jamais será contra, porque ela é uma pessoa muito inteligente. O que ela quer, não é 'não fazer', mas é 'como fazer'”, declarou o presidente em entrevista para a Rádio Clube do Pará em 14 de fevereiro. Essa deve ser um dos temas questionados à ministra, se ela for ao colegiado do Senado.