BRASÍLIA - O União Brasil manteve a presidência do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados com a eleição unânime do deputado Fábio Schiochet (União Brasil-SC) nesta terça-feira (1º). Ele recebeu os votos do 15 deputados presentes na sessão e substituirá Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA) no cargo.
O deputado encerra a passagem pela presidência do Conselho de Ética com processos longos e polêmicos na bagagem. O primeiro deles é a aprovação da cassação do mandato de Chiquinho Brazão, réu pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O processo avançou pelo Conselho de Ética, chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não foi colocado para votação no plenário da Câmara pelos presidentes Arthur Lira (PP-AL), cujo mandato terminou em fevereiro, e Hugo Motta (Republicanos-PB).
O penúltimo ato de Leur no Conselho de Ética veio com a aprovação do relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) pela cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ). A votação em uma sessão atropelada gerou um mal-estar generalizado na Câmara e levou a uma greve de fome protagonizada pelo deputado do PSOL. Nos nove dias que manteve o protesto, Glauber dormia e acordava na sala onde acontecem as reuniões do Conselho de Ética.
Depois, em medida inédita, o Conselho de Ética decidiu pela suspensão cautelar do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pelo período de três meses. Com a decisão tomada em maio, Leur Lomanto Júnior entrega o Conselho de Ética ao colega de partido sem representações pendentes e sem processos a serem instaurados.