BRASÍLIA - O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) recebeu na Câmara, neste domingo (13), a visita do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e de representantes de movimentos sociais.  

No sábado (12), estiveram com o parlamentar os ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, além do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). 

Crianças filhas de amigos de Glauber e de sua esposa, a também deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), integraram outro grupo que foi ao plenário do Conselho de Ética da Câmara, onde foi aprovado, na última quarta-feira (9), um relatório que pede a cassação do mandato de Glauber. O deputado está no local desde então e dorme em um colchão colocado no chão.  

“Eu vivo em uma democracia em que o mandato popular é coisa muito séria. Tem que respeitar a vontade do povo. Eu espero que a Câmara possa rever esse processo e você [Glauber] possa continuar cumprindo o seu papel”, disse Macêdo. 

O ator Marco Nanini, que esteve na Câmara para prestar apoio ao deputado no dia da votação do parecer, deve retornar para falar com o parlamentar novamente neste domingo. Além de não deixar a Câmara, uma greve de fome que já dura 103 horas foi iniciada por Glauber como forma de protesto. Desde a quarta-feira, o parlamentar tem ingerido água, isotônico e água de coco.  

Glauber também passa por duas avaliações médicas ao dia. A última pesagem indicou que ele está em condições saudáveis e com 88,2 kg (3,5 km a menos do que na quinta-feira (10) de manhã, quando foi divulgado o primeiro boletim).  

“Estou me sentindo bem psicologicamente e fisicamente”, disse o deputado neste domingo. Outros familiares de Glauber passaram a acompanhar Glauber na Câmara junto a Sâmia. Estão na lista o pai deputado, Roberto, e a irmã, Ivana. 

Glauber Braga foi alvo de uma ação no Conselho de Ética porque expulsou a chutes dos espaços da Câmara, em abril de 2024, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) que o provocou. O deputado ainda pode recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e, para ter seu mandato cassado, precisa que a maioria do plenário aprove o pedido.