BRASÍLIA - O deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) perdeu, nesta quinta-feira (24), o mandato pelo número de faltas às sessões da Câmara. Ele é réu pelos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes e acabou expulso do União Brasil, partido pelo qual se elegeu deputado no Rio de Janeiro, após ser preso pela Polícia Federal (PF).

Brazão estava preso há um ano até que, no último dia 11 de abril, foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a seguir para a prisão domiciliar. 

Na Câmara, o Conselho de Ética da Câmara recebeu em 10 de abril de 2024 uma representação para cassar o mandato de Chiquinho Brazão por quebra de decoro, pela participação dele no crime. O processo foi instaurado em maio, e foram necessários três meses para o colegiado concluir a análise e votar pela cassação do mandato.

Brazão recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas o pedido para anular o processo foi rejeitado. Os únicos deputados que votaram a favor de Chiquinho Brazão no colegiado foram Dani Cunha (União Brasil-RJ), filha de Eduardo Cunha e aliada da família Brazão no Rio de Janeiro, e Waldemar Oliveira (Avante-PE).

A Polícia Federal (PF) prendeu Chiquinho Brazão no dia 24 de março de 2024, dez dias após o aniversário de seis anos das mortes de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RJ, e o delegado Rivaldo Barbosa também foram detidos e são acusados de serem os mandantes do crime.