BRASÍLIA - Após a oposição impor uma derrota ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição da CPMI do INSS, a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e o vice-presidente e também ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) vieram, nesta quarta-feira (20/8), ao Congresso Nacional, para apresentar o pacote de medidas para compensar o tarifaço de 50% do governo Donald Trump.

Assinado na última quarta (13/8), o pacote tem como carro-chefe uma linha de crédito de R$ 30 bilhões aberta pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para auxiliar as empresas afetadas pela sanção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A linha de crédito terá juros entre 1% e 4% ao ano. 

Ao lado da linha de crédito, o pacote terá a extensão do programa conhecido como Reintegra. O projeto devolve às empresas os tributos pagos em produtos exportados. Antes válido apenas para micro e pequenas empresas, o Reintegra será estendido para as demais empresas que exportam para os Estados Unidos. Para micro e pequenas, a alíquota de devolução será de 3%. Para as outras, de 6%. 

Alckmin chegou ao Congresso Nacional, sozinho, às 15h, horário em que tem agenda com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A princípio, o ministro se reuniria às 15h30 com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas o compromisso foi cancelado. Apesar de não ter acompanhado o vice-presidente, Gleisi também participará do encontro.

Embora ao menos as agendas de Alckmin com Motta e Alcolumbre estivessem previstas oficialmente desde essa terça, o vice-presidente e Gleisi desembarcam no Congresso horas depois de uma derrota do governo Lula na instalação da CPMI do INSS. A expectativa era de que o senador Omar Aziz (PSD-AM), próximo tanto ao presidente do Senado quanto ao Planalto, presidiria o colegiado, mas, em manobra da oposição, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi o escolhido.