BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta segunda-feira (8/9) que a Casa tem “compromisso” em aprovar o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

Motta afirmou ter endossado o posicionamento em conversa com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Segundo ele, há um entendimento na Câmara de que o tema é prioridade para o Brasil e para os brasileiros.

A urgência da proposta, uma das apostas do Planalto para melhorar a popularidade do governo, foi aprovada pelos deputados no último mês. Antes disso, o texto já havia sido aprovado em comissão especial, o que significa que agora pode ser votado diretamente pelo plenário.

O projeto, relatado pelo deputado federal e ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, para compensar a perda de arrecadação com a isenção.

Bolsonaristas pressionam por anistia

Motta deu a declaração um dia após a oposição ao governo Lula no Congresso intensificar a pressão por um projeto de anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, que beneficiaria Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente e outros sete integrantes do chamado núcleo crucial da suposta trama golpista devem ter os destinos selados pela Primeira turma do STF nesta semana. Os cinco ministro do colegiado vão apresentar seus votos e devem definir as penas, em caso de condenação.

No feriado da Independência, opositores fizeram atos em diversas cidades do país em defesa da anistia e com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Na avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou o ministro de tirano.