O Senado Federal iniciou, nesta quarta-feira (15), a troca do carpete do Salão Azul, área de circulação comum de parlamentares, assessores, profissionais de imprensa, servidores e convidados na Casa.
Esta é mais uma etapa de restauração da estrutura após os ataques que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Mesmo após uma limpeza, o carpete ficou com manchas espalhadas pelo piso.
A diretoria-geral do Senado pretende aproveitar o feriado do Carnaval e o fato de que, na próxima semana, não há previsão de atividade legislativa na Casa, para fazer a substituição do material.
Os atos do dia 8 causaram um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões ao Senado. Pela enorme quantidade de vidros quebrados, só nesse tipo de material, os custos aos cofres públicos giraram em torno de R$ 1 milhão. Além disso, tiveram de ser substituídos computadores, celulares, equipamentos de comunicação social, locais e totens de votação, mesas, sofás e mobiliário.
No dia 2 de fevereiro, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recolocou na entrada de seu gabinete o quadro "Trigal na Serra", de Guido Mondim, depredado e danificado após os atos. Esta foi a primeira obra restaurada pela equipe do Senado.
Outras obras ainda estão em processo de restauração, como uma tapeçaria feita pelo paisagista e artista plástico Burle Marx, na qual os extremistas urinaram.
Também foram danificados um quadro pintado em 1990 que retrata o momento da assinatura da Constituição de 1988 e na galeria com quadros dos presidentes do Senado, cinco pinturas, incluindo as de ex-presidentes da Casa, como Renan Calheiros, José Sarney e Ramez Tebet.
Um item considerado de recuperação mais difícil é uma escrivaninha que pertencia ao antigo Palácio Monroe, que abrigou o Senado entre 1925 e 1960, no Rio de Janeiro, e estava na Presidência do Senado.
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