O Senado instalou uma comissão temporária para investigar as causas e consequências da crise energética que atinge o país. Com funcionamento de até 180 dias, o colegiado deve discutir os motivos que levaram ao estado de escassez hídrica, declarado pela Agência Nacional de Águas em 1º de junho, e questões mais amplas da matriz energética brasileira.

A comissão será comandada por parlamentares da oposição. O presidente é o senador Jean-Paul Prates (PT-PI) e o vice, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Vice-presidente do Senado, Veneziano adota tom mais moderado, mas também se opõe ao governo Bolsonaro.

Já a relatoria ficou com o senador José Aníbal (PSDB-SP). Suplente de José Serra (PSDB-SP), que está afastado para tratamento de saúde, ele já compareceu a manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro e também é crítico do Planalto.

O colegiado também conta com governistas,  como Elmano Férrer (PP-PI) e Marcos Rogério (DEM-RO). Também compõem os senadores Soraya Thronicke (PSL-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Angelo Coronel (PSD-BA), Carlos Portinho (PL-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

Um dos primeiros atos dos senadores foi aprovar um convite ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para ir à comissão responder a questionamentos dos membros.

Na reunião de instalação, José Aníbal cobrou do governo: “O Brasil provavelmente tem a matriz energética mais limpa do mundo, está fortemente investindo em energia eólica e solar e em outras alternativas como a biomassa, com projetos de pequenas centrais hidrelétricas, com o uso mais intenso do gás nas emergências como um combustível de transição, mais é preciso que haja um maior planejamento”.

 

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