BRASÍLIA - A defesa de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como testemunha do núcleo 2, grupo apontado como responsável por coordenar e dar suporte ao planejamento do suposto plano golpista. 

O advogado Jeffrey Chiquini alegou que a acusação contra Martins diz respeito a fatos ligados exclusivamente ao núcleo 1”, já que ele teria apresentado a suposta “minuta do golpe” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e do comandante da Marinha, Almir Garnier Santos. Esses três são réus do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista. 

Segundo Moraes, Bolsonaro é réu no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 e, por isso, o Código de Processo Penal veda expressamente o depoimento do ex-presidente na condição de testemunha. “Se houver prejuízo à defesa vamos ouvir novamente todos os corréus, como informantes do juízo”, informou o magistrado.