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Deputada vende boneca ‘espanta comunista’ com suas características e arma na mão

Júlia Zanatta é conhecida por seu posicionamento extremista e favorável à liberação do acesso de civis a armas de fogo – política adotada por Bolsonaro e restringida por Lula

Por Lucyenne Landim
Publicado em 24 de março de 2024 | 08:00
 
 
 
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Uma das defensoras mais radicais do armamento da população civil (e que se denomina "antifeminista do fuzil"), a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) divulgou, em suas redes sociais, a venda de uma boneca com suas características “que espanta comunista” e que carrega, em uma das mãos, uma arma de fogo em miniatura. A boneca é produzida no estilo “funko”, feito, geralmente, de personagens para colecionadores.  

A peça é produzida sob encomenda por uma pequena empresa localizada na cidade de Rio do Sul (SC). Quem fizer a compra, precisa desembolsar R$ 80 e esperar o prazo médio de 15 dias para confecção.

No vídeo em que divulga a boneca, Zanatta diz que recebeu o item, inicialmente, em seu gabinete na Câmara, em Brasília (DF). Ela anunciou o "funko" como a “minideputada Júlia, espanta-comunista, com uma florzinha na cabeça e uma arminha na mão”. A “florzinha na cabeça” remete à tiara de flores que a parlamentar costuma usar, inclusive, durante as agendas políticas. “Ela espanta o vírus da revolução da sua casa”, completou.

Apoiadora ferrenha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zanatta acumula polêmicas relacionadas à sua defesa armamentista. Em março de 2023, durante a inauguração de um clube de tiro em Florianópolis (SC), ela criticou as medidas de controle de armas de fogo anunciadas na época pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, disparou: "Eles sabem que todo poder emana do cano de uma arma". 

Em novembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça autorizou a Polícia Federal a intimar Zanatta por publicar, também em suas redes sociais, uma foto em que aparece segurando uma metralhadora e vestindo uma camiseta que faz referência à mão de Lula cravada de balas. A intimação foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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