Apesar de ter fracassado nas últimas eleições na tentativa de voltar à Câmara dos Deputados, o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PTB-SP), está presente na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1). Se não como eleito, ele foi ao local como convidado da filha, Danielle Cunha (União-RJ), que, ao contrário do pai, obteve êxito na disputa.
Eduardo Cunha, que conquistou apenas 5.044 votos em outubro de 2022, foi cassado pela Câmara em novembro de 2016, por ter ocultado a existência de contas bancárias no exterior. O deputado era acusado pela Lava Jato de receber propina em contratos firmados pela Petrobras para adquirir navios-sonda. Cunha chegou a ser condenado em duas instâncias, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Preso em 2016, por decisão do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, o presidente da Câmara se livrou de todos os mandados em 2021. Agora, sua filha será colega na Câmara da esposa de Moro, a advogada Rosângela, também eleita deputada federal.
Ao chegar à Câmara, Cunha comentou o favoritismo de Lira e também as eleições no Senado, onde há uma disputa mais acirrada entre Rodrigo Pacheco (MDB-MG) e Rogério Marinho (PL-RN).
"O Senado é um pouco diferente da Câmara, porque cada senador é uma instituição. E os senadores não têm a vinculação da fidelidade partidária que têm os deputados. Eles representam o estado e não a população. É diferente, são Casas diferentes, são situações diferentes. Talvez estejam transformando a disputa que deveria ser apenas salutar pelo comando da Casa numa briga que seja ideológica polarizada. Talvez não seja o caso", disse ele.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.