Congresso

Oposição pedirá impeachment de Barroso após ele festejar derrota do bolsonarismo

Ministro fez declaração em evento da UNE após ser vaiado por estudantes de enfermagem

Por O Tempo Brasília
Publicado em 13 de julho de 2023 | 09:18
 
 
 

A oposição no Congresso entrará no Senado com um pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido virá após a participação do ministro em evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) em que ele afirmou que derrotou o bolsonarismo.

A declaração de Barroso se deu no momento em que ele foi vaiado por um grupo de estudantes de enfermagem, por conta de decisão que chegou a suspender o pagamento de piso para o setor.

"Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo", afirmou o ministro, completando: "Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas."

"A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de "exercer atividade político-partidária", previsto no art. 39 da leio 1078/50. Se, por um milagre, houver justiça nesse país, a perda do cargo é inegável", afirmou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) reforçou que haverá pedido de impeachment. "Isso é normal? Escrachou de vez? Imagine um ministro do STF dizendo numa palestra q eles 'derrotaram o lulo-petismo'. A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de 'exercer atividade político-partidária', previsto no art. 39, da lei 1079/50", disse.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ironizou a fala de Barroso. "Viva a lisura do processo eleitoral, a independência entre os poderes, a democracia relativa e dá-lhe Venezuela" Esse país é uma piada", afirmou.

O impeachment de um ministro do STF cabe ao Senado e a tramitação do pedido depende do presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Pachedo (PSD-MG). Em 2022, bolsonaristas já haviam pedido o impeachment de Barroso e também o de Alexandre de Moraes. No caso deste último, o pedido foi feito pelo próprio então presidente da República, Jair Bolsonaro, e foi rejeitado por Pacheco.

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