O candidato a deputado federal Dário de Moura (PSOL) defendeu que a discussão sobre a legalização da maconha no Brasil faça parte dos temas debatidos durante a campanha eleitoral. Em entrevista para o programa Café com Política, do Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (26), ele defendeu a legalização da maconha para fim medicinal e recreativo adulto, como já fez na campanha de 2020, quando disputava um cargo para vereador de Belo Horizonte.
Na ocasião, ele foi punido, censurado e teve contas bloqueadas pelo Facebook, Instagram e Tik Tok por defender a legalização da maconha sob a alegação de apologia ao crime como fator principal do bloqueio. Na campanha deste ano, Dário de Moura disse que, para evitar que a censura ocorra novamente neste ano, tem utilizado novas estratégias de promoção do debate sobre o tema em suas redes sociais.
Para o candidato socialista, a legalização da maconha é muito mais uma questão de saúde pública do que de segurança. "Os jovens, pobres e pretos compõem a maior parcela da população carcerária do país em função dessa abordagem equivocada das forças de segurança e das políticas públicas em relação à maconha", argumentou. Dário de Moura criticou a desigualdade no tratamento dado pelas forças de segurança a jovens da elite usuários de drogas em comparação ao que é feito com os jovens da periferia.
Ele também apontou o álcool como uma substância muito mais prejudicial à saúde, embora seja legalizada e mais aceita socialmente. Além do álcool, Dário citou o açúcar e o video game, que também levam ao vício.
Em favor da legalização da maconha, o candidato do PSOL citou os avanços conquistados por países da América Latina que estão no mesmo patamar que o Brasil, como Argentina, Uruguai, Colômbia, México, além da África do Sul. Ele ressaltou os benefícios da maconha para a saúde física e mental comprovados cientificamente. Ele defendeu que políticas públicas de investimentos em pesquisas junto ás universidades estaduais e federais sejam implementadas com o objetivo de estudar e investir na produção de produtos derivados da maconha.
Além disso, o candidato abordou a importância de combate às desigualdades sociais e o foco em questões mais importantes como a fome, a miséria, a falta de moradia e de acesso à educação e saúde de qualidade para toda a população. Em sua visão, o socialismo proposto pelo PSOL tem esse foco principal. "Queremos garantir os mesmos direitos para todos e corrigir essas desigualdades que são atrozes para que o poder seja exercido em nome do povo", assinalou.