O empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, apresentou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma proposta de delação na qual acusa o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de chefiar um esquema de cobrança propina para liberar pagamentos de dívidas a empresas. A informação é da revista "Veja".

De acordo com o candidato a delator, que foi preso pela operação Lava Jato, Witzel comandava um grupo criminoso por meio de Pastor Everaldo, presidente do PSC, legenda pela qual o governador se elegeu, e pelo secretário estadual da Casa Civil e Governança, o ex-deputado federal André Moura. Este último seria, segundo Rei Arthur, o responsável por intermediaro o recebimento da propina. 

O empresário conta que foi alvo de achaque por parte do grupo. Ele afirma que tinha cerca de R$ 100 milhões a receber do governo e que, em julho, seu irmão, Luiz Soares, foi informado de que o Estado pagaria integralmente o valor caso ele aceitasse pagar 20% do valor. Ele diz não ter aceitado, o que teria gerado a suspensão do contrato de sua empresa com o governo.

Arthur Soares diz ainda que, após um encontro com André Mourão, voltou a ouvir a proposta de pagamento de propina e aceitou receber R$ 8,6 milhões par aa empresa Cor e Sabor, que fornecia alimentação para o sistema penitenciário, em troca de repassar 20% desse valor (R$ 1,7 milhão), dividido em eis parcelas.

André Moura nega o fato e diz nunca ter visto nenhum interlocutor de Rei Arthur. Pastor Everaldo também diz não ter relação com o empresário e defendeu a investigação do caso.

O governador Wilson Witzel diz que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimento sobre o caso e afirmou que defende as investigações.