Os três deputados estaduais mineiros eleitos pelo partido Novo protocolaram, na manhã desta terça-feira (22), requerimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) abrindo mão de regalias da Casa. A estimativa da bancada é de que serão economizados, durante os quatro anos de mandato, R$ 782,3 mil dos cofres públicos com essa ação.
No documento, Bartô, Guilherme da Cunha e Laura Serrano renunciam o recebimento de auxílio-moradia, cujo valor mensal é de R$4.377,73, e da ajuda de custo, conhecida como auxílio-paletó. O benefício, equivalente ao salário integral de um deputado, de R$25.322,25, é recebido no início e ao fim do mandato. A renúncia desses penduricalhos foi uma promessa de campanha dos políticos.
De acordo com Guilherme da Cunha, a decisão de cortar regalias veio após uma avaliação feita pela bancada de que nenhum trabalhador tem direito a esse tipo de benefício.
Nenhum trabalhador brasileiro tem direito a receber um salário antes de começar a trabalhar. Se o trabalhador não tem esse direito, então também é injusto que tenhamos isso porque se torna um privilégio. A gente sabe que em números gerais essa economia é pequena, mas se multiplicarmos o valor desses dois benefícios para 77 deputados pode-se gerar uma economia de R$ 20 milhões até o fim do mandato”, disse.
Veja o documento
Metas
Os futuros parlamentares, que tomam posse em fevereiro, garantem ainda que vão enxugar pelo menos 50% das demais verbas de gabinete para, assim, gerar uma economia conjunta para Assembleia de pelo menos R$ 4,5 milhões por ano. Uma das intenções é de que sejam contratados, no máximo, 11 dos 23 assessores a que eles têm direito no gabinete.
“Vamos tomar todas as medidas possíveis para utilizar da melhor maneira o dinheiro dos mineiros. Vamos fazer um mandato mais eficiente, gerando resultados importantes para as pessoas, que é o nosso objetivo principal. Temos que gerar um serviço público de qualidade com a nossa atuação aqui, mas reduzindo custos”, afirmou Laura Serrano.
Bartô enumera que além de auxílio-moradia e ajuda de custo, deputados mineiros têm direito mensalmente, entre outras coisas, a R$ 28 mil de verba indenizatória e a R$ 100 mil de verba de gabinete. Ele diz que seu objetivo é cortar em até 70% do custo que ele representa para a Casa.
“O salário que a gente recebe é muito bom, mas a gente nem precisa botar a mão nele de tanta verba, tanta coisa que tem. Até gasolina no carro da minha mãe eu posso colocar se eu quisesse, para as pessoas terem noção. Então, eu estou cortando tudo”, garante.