O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a “liberdade de expressão sem nenhum tipo de censura” no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, neste domingo (25).

Tarcísio falou representando os demais chefes estaduais que compareceram ao evento. Entre eles, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que não discursou, além dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).

“O desafio da representatividade só vai ser vencido com liberdade. Liberdade de expressão, de pensamento, de manifestação. Sem nenhum tipo de censura. O desafio da seg jurídica para que a gente tenha previsibilidade, trazer os investimentos que vão fazer a diferença no Brasil”, afirmou.

No discurso, Tarcísio também falou em “celebrar o Estado Democrático de Direito para entender os seus desafios” e citou o “desafio da justiça social”. Além disso, fez seguidos elogios a Bolsonaro e à sua gestão à frente do país, afirmando que o ex-presidente “não é mais um CPF, representa um movimento”.

O governador de São Paulo não citou as investigações envolvendo Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e nem fez menções ao governo Luiz Inácio Lula da Silva.

A manifestação foi convocada por Bolsonaro após operações de busca e apreensão da Polícia Federal que miraram o ex-presidente e aliados que fizeram parte de sua gestão, no dia 8 de fevereiro, pelo inquérito que investiga um suposto plano golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022.

Há uma orientação, emitida pelo próprio ex-presidente, para que sejam evitados ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tema comum no bolsonarismo. O objetivo é evitar que eventuais faixas ou palavras de ordem nesse sentido possam agravar a situação jurídica de Bolsonaro.