Em convenção realizada na noite desta quinta-feira (3), o PROS definiu que terá Fabiano Cazeca como pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte. O nome do vice-prefeito, entretanto, vai ser definido em outro momento, já que o partido se colocou aberto às possibilidades de coligações. A chapa foi nomeada como "A novidade que BH precisa".
Foi aprovada também a chapa à Câmara Municipal de Belo Horizonte com 61 nomes. Serão 19 mulheres na chapa, o que cumpre a determinação mínima de 30% das vagas para um sexo.
Nome confirmado como pré-candidato a prefeito pela legenda, Fabiano Cazeca diz que vai trazer para a disputa na capital uma discussão sobre a necessidade urgente de se criar empregos na cidade.
Na visão dele, BH precisa de fôlego rápido para se recuperar da crise e gerar postos de trabalho: “Quando você dá emprego para uma pessoa, uma família inteira é beneficiada. Por isso eu quero trazer o empresariado para perto de mim, pra gente discutir se vamos ter que dar isenções ou qual vai ser a maneira que vamos gerar mais empregos”.
Durante a convenção, Cazeca disse que o primeiro ato quando assumir o Executivo será enviar um projeto de lei para a Câmara Municipal proibindo que o prefeito, que recebe mais de R$ 30 mil, deixe de pagar o IPTU, se referindo a débitos do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). "A gestão pública não é tão diferente da gestão privado. Podemos fazer muito mais do que tem feito por essa cidade. Nos primeiros dias do meu mandato, vou mandar um PL pra essa Casa para proibir que um prefeito que ganha mais de 30 mil não pague IPTU. Todos nós às vezes passamos por dificuldade, mas quem ganha mais de R$ 30 mil e não paga IPTU, que é tão importante, tem que ter um fim", disse.
Empresário, administrador e advogado, Cazeca é dono de uma empresa de consórcios, segundo ele próprio, a única com sede em Minas Gerais presente em todos os estados do país. Como representante do setor privado, o escolhido pelo PROS diz que a base da administração tem que ser a mesma na empresa e na prefeitura: “A questão é ser profissional, exigir profissionalismo. Colocar a pessoa certa, no lugar certo, para fazer a coisa certa e se der errado, tirar de lá depois".
Para o candidato, falta diálogo da administração de Alexandre Kalil para administrar a crise sanitária e econômica gerada pela pandemia do Novo Coronavírus. Ele também critica a falta de um investimento maior do sistema de saúde da capital para suportar uma abertura mais recente e rápida das atividades econômicas. “A prefeitura começou a crise do jeito certo e depois se perdeu. O mote virou só proibir, restringir e fechar. O empresariado foi ouvido muito pouco, as pessoas não foram ouvidas. A crise que se criou com tanta proibição deixou um legado negativo de mais de 15 mil empresas fechadas.”
Cazeca destaca também outros problemas que parecem sempre repetidos em BH, como a questão das chuvas na capital, que sempre aparecem durante o período eleitoral, mas nunca são resolvidos. “Há quanto tempo a gente passa por problemas com chuva, sempre nos mesmos lugares? Solução tem, o que falta é administrar bem e fazer.”
Em 2018, Fabiano disputou uma vaga à Câmara Federal, mas os 19.698 votos não foram suficientes para ser eleito. O empresário ficou na segunda suplência da vaga ocupada pelo deputado federal Eros Biondini (PROS). O candidato ainda prevê que para a disputa pela PBH vai conseguir trazer outros partidos para a composição da chapa.
Conselheiro benemérito do Clube Atlético Mineiro e ex-candidato à presidência do time, Cazeca diz não temer a concorrência com o atual prefeito Alexandre Kalil, ex-presidente do clube, com nome fortemente ligado à torcida alvinegra: “Eu quero ser uma opção a mais para o torcedor, não só do Atlético. Quem me conhece sabe que meu ritmo é diferente, que eu gosto de escutar as críticas das pessoas e transformar em algo positivo no meu jeito de administrar. Eu sou um cara que escuta muito,” destacou.