A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), deixou a cerimônia de inauguração da bacia B3, no bairro Água Branca, em Contagem, na manhã desta segunda-feira (18/08), após um desconforto com o cerimonial do Governo de Minas. A obra é uma parceria entre a prefeitura de Contagem e a gestão estadual. A cerimônia contou com a presença do governador Romeu Zema (Novo), do vice Mateus Simões (Novo), dos secretários Pedro Bruno, de Infraestrutura, e Silvia Listgarten, de Planejamento e Gestão, além do coronel Resende, chefe da Defesa Civil.
O evento também estava prestigiado do lado de Contagem. Marcavam presença prefeita, o vice-prefeito, Ricardo Faria (PSD), e o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Rômulo Perilli. O desentendimento aconteceu quando as comitivas da prefeitura e do governo de Minas participavam juntas de uma “vistoria” da bacia .
Segundo interlocutores presentes na vistoria, o cerimonial, a pedido da assessoria de Zema, solicitou que a prefeita não aparecesse em um vídeo que seria gravado para as redes sociais do governador com representantes da Avabrum, associação de familiares das vítimas de Brumadinho. Parte dos recursos da bacia veio do acordo com a Vale. A prefeita teria visto a atitude dentro de sua própria "casa” como deselegante e se retirou do evento junto com o restante da gestão, de modo que apenas o governo estadual participou da coletiva de imprensa.
O desentendimento ocorre dois dias após Zema lançar sua pré-candidatura à Presidência e, em discurso, afirmar que pretende “varrer o PT do mapa” - partido da prefeita. A Prefeitura de Contagem foi responsável pela execução da obra e pelo aporte de R$ 7 milhões, enquanto o governo estadual destinou R$ 107,1 milhões, incluindo verbas do acordo com a mineradora.
A reportagem procurou a prefeitura e o governo de Minas. A primeira informou que não irá se manifestar; a segunda não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.