O vereador e coordenador da equipe de transição de governo do Partido Novo em Minas, Mateus Simões, explicou nesta quinta-feira (8) que a comissão vai trabalhar em parceira com empresas no diagnóstico de três áreas do governo que eles consideram prioritárias: fiscal, de pessoal e de políticas públicas. Simões contou que, nesta semana, a Fundação Dom Cabral (FDC), o Instituto Aquila e a Falconi confirmaram a participação no projeto. “Todo mundo está trabalhando gratuitamente. São empresas mineiras que estão entre as mais conceituadas do país e se sentiram na obrigação de colaborar nesse esforço inicial do governo”, contou.

Mateus Simões declarou que o trabalho de análise de cada área será exercido por um dos integrantes da equipe de transição de governo, em conjunto com uma das instituições colaboradoras. O coordenador da equipe informou que o economista Vitor Cezarini, que trabalhou em bancos de crédito e foi candidato a deputado federal pela sigla, será responsável pelo estudo da situação fiscal do Estado com o apoio do Instituto Aquila.

Para cuidar das políticas públicas, dos indicadores e dos programas estaduais que estão em andamento, o especialista em gestão empresarial Victor Garizo Becho vai contar com a ajuda da Fundação Dom Cabral.

Já para fazer o levantamento do maior “calcanhar de aquiles” da administração estadual – a gestão de pessoal –, foi escalada a advogada e consultora legislativa Luciana Lopes, que vai trabalhar ao lado de consultores voluntários da Falconi. Com a folha de pagamento em torno de R$ 4,6 bilhões por mês, os funcionalismo público recebe o salário de forma escalonada desde o início de 2016.

Outro problema que o governo enfrenta com o pessoal é a Previdência. Anualmente, o governador tem que pagar R$ 21 bilhões para a folha de inativos. Desse montante: R$ 5 bilhões são arrecadados dos servidores diretamente, e os outros R$ 16 bilhões são retirados do Tesouro para complementar o pagamento. No entanto, o Tesouro não consegue arcar com toda a despesa, o que gera atraso nos pagamentos.

“Será um levantamento da situação atual do pessoal que trabalha para o governo. Vamos tentar fazer uma análise da folha de todos os servidores, efetivos, comissionados, designados, empregados públicos etc. Queremos fazer um raio-x da folha de pagamento. Vamos levantar os valores dos salários, as carreiras e as atribuições para conseguir analisar o perfil dessa folha de pagamento. Sabemos que, no Estado, o caso é diferente, por exemplo, da União, onde se tem relativamente menos cargos, mas com salários mais altos. Aqui é ao contrário”, disse Luciana Lopes. Ela ressaltou também que a situação do pagamento dos inativos será avaliada pela equipe de transição.

Integração

Encontro. Está prevista para a manhã desta sexta-feira (9) a primeira reunião entre os integrantes da equipe de transição do Partido Novo e os da atual gestão de Fernando Pimentel (PT).