Governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Eduardo Leite afirmou em debate com postulantes tucanos ao Palácio do Planalto que não era possível imaginar o que aconteceria quando escolheu votar em Jair Bolsonaro no segundo turno da disputa presidencial. Questionado várias vezes sobre isso no debate promovido pelos jornais "O Globo" e "Valor", ele defendeu que não deu apoio ao atual presidente, mas apenas declarou o voto, com base no que conhecia sobre o passado de cada um dos candidatos.
"Naquelas condições, naquele contexto, naquele plebiscito que é uma eleição de segundo turno, (de disputa de) um projeto político que já tinha sido desastroso para o Brasil de eliminação de empregos, de recessão econômica, e um outro que tinha muitas críticas que eu fiz no processo eleitoral, eu não aderi, eu não abracei o candidato Jair Bolsonaro. Eu não fui atrás dele pra tirar foto, eu não tentei associar minha campanha à dele. Fiz as minhas críticas, mostrei as minhas diferenças. Mesmo assim não sabíamos que viria a pandemia, em que a falta de humanidade, de sensibilidade, custariam tantas vidas como estão custando, inclusive economicamente. Aí está o erro (da escolha em Bolsonaro). Mas era imprevisível o que viria pela frente. A gente sabia o que era o passado de cada um deles", afirmou.
Mais cedo, em um questionamento do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que também é pré-candidato pelo partido, se não melhor ter perdido as eleições sem apoiar Bolsonaro, Eduardo Leite afirmou que fez apenas uma declaração pública, mas que não vinculou seu nome a Bolsonaro nem fez material de campanha com ele, em clara referência a João Doria, o outro adversário nas prévias, que lançou a campanha "Bolsodoria" para ser eleito.