Governo prevê início de obras do Rodoanel de Belo Horizonte no fim de 2024

O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias do governo de Minas Gerais, Pedro Bruno Barros de Souza, afirmou que os próximos meses devem ser utilizados para avançar no licenciamento ambiental de intervenções do Rodoanel de Belo Horizonte e que as obras para a nova rodovia devem iniciar no fim do ano.

“Viramos o ano com o processo de licenciamento ambiental em vias de ser protocolado na secretaria de Meio Ambiente e vamos trabalhar ao longo de 2024 para aprovação deste licenciamento para que possamos iniciar a etapa de obras. Nossa previsão é iniciar as obras entre o fim de 2024 e o início de 2025”, afirma o secretário.

Pedro Bruno participou do quadro Café com Política da FM O TEMPO 91.7 nesta terça-feira (9). Ele destacou também o início de intervenções no Metrô de Belo Horizonte após a assinatura do contrato de concessão à iniciativa privada, efetivada em 2023. “A gente teve avanços importantes. Já começamos obras de reforma nas estações Eldorado e Vilarinho e prevemos, em 2024, a reforma em várias outras estações”, diz.

O secretário listou a assinatura dos contratos de concessão do Rodoanel e do Metrô entre os três grandes feitos do governo do Estado na área de mobilidade e parcerias. Ele ainda listou a retomada dos investimentos em estradas e o retorno de algumas obras em hospitais regionais que estavam parados. 

O Rodoanel tem sido tratado como principal projeto de investimento em infraestrutura da gestão Romeu Zema (Novo). 

Orçado em R$ 5 bilhões pelo governo de Minas, a concessão será realizada por meio de parceria público-privada (PPP). O Estado vai investir cerca de R$ 3 bilhões. Os outros R$ 2 bilhões deverão ser investidos pelo grupo italiano, que vai explorar pedágio por 30 anos da rodovia. A INC S.P.A. venceu a licitação ocorrida em agosto.

Municípios

Apesar da previsão de início das obras, o traçado final do Rodoanel segue em debate com as prefeituras de Contagem e Betim. Em agosto de 2023, uma nova proposta foi apresentada pelo governo do Estado, mas as mudanças ainda não atendem a todas as demandas feitas pelas administrações municipais.

Os principais questionamentos feitos à época pelos prefeitos das cidades afetadas foram em relação aos impactos sociais que seriam causados, já que a construção da futura rodovia passaria por áreas densamente povoadas nos dois municípios, além de impactos ambientais, visto que o projeto inicial previa o Rodoanel Metropolitano cortando a área de preservação ambiental da Bacia de Várzea das Flores.