BRASÍLIA - O médico Roberto Kalil afirmou que o dreno que está na cabeça do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser retirado nesta quinta-feira (12) por volta das 19h. A informação foi dada a jornalistas na entrada do Hospital Sírio Libanês, onde o petista segue internado.  

Pela manhã, Lula passou por uma embolização da artéria meníngea média para impedir novos sangramentos. O procedimento durou cerca de uma hora e ocorreu sem intercorrências. 

Em coletiva a imprensa após a embolização, a equipe médica informou que o presidente deve deixar a UTI nesta sexta (13), e ter alta na segunda ou na terça-feira. Depois, estará liberado para voltar a Brasília e para despachar do Palácio da Alvorada.

Segundo os médicos, ele está “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. A recomendação, no entanto, é que Lula não trabalhe enquanto não receber alta médica. 
Mesmo internado, o chefe do Executivo continua “em exercício”,  assinando documentos, segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. 

O presidente passou, na noite de segunda-feira (9), por uma cirurgia para drenar um hematoma intracraniano. A lesão foi causada por uma hemorragia em consequência de uma queda sofrida em 19 de outubro. Já na manhã desta quinta-feira, Lula foi submetido a um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.  

A intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região do cérebro e impedir novos sangramentos. O procedimento já era previsto e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente.       

Entenda 

O petista passou por uma cirurgia de emergência na noite de segunda-feira (9) para drenar um hematoma intracraniano, consequência de uma hemorragia causada pelo acidente domiciliar que sofreu em 19 de outubro. Na ocasião, ele caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e teve um corte na nuca.  

Lula estava indisposto na segunda-feira e procurou o Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, por conta de uma dor de cabeça. O presidente realizou uma ressonância magnética que mostrou uma hemorragia intracraniana. Em seguida, foi transferido para São Paulo, onde fez o procedimento. Janja o acompanhou durante todo o tempo.  

O boletim médico divulgado após a cirurgia informou que o presidente passou por uma craniotomia, um procedimento em que uma parte do osso do crânio é removida temporariamente para que os médicos tenham acesso ao cérebro do paciente.  

Horas depois, a equipe médica do presidente informou que o procedimento, na verdade, foi uma trepanação, que remove uma parte óssea menor do que na craniotomia. O presidente passou pela cirurgia para drenar um hematoma causado pela hemorragia cerebral.  

A cirurgia na terça-feira durou cerca de duas horas e o presidente saiu consciente e estável. Os médicos informaram que Lula não terá sequelas. Ele segue monitorado em um leito de UTI do hospital e deve retornar para Brasília na próxima semana.