BRASÍLIA - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, proposta pelo governo, tomará todo o primeiro semestre de 2025, mas não é uma prioridade para o fim de 2024.
Durante o Fórum Político da XP Investimentos, nesta segunda-feira (2), o braço-direito do ministro Fernando Haddad classificou a pauta como uma agenda para o ano que vem.
“Esse não é um debate para agora. [...] A agenda do IR vem ano que vem. Neste ano, a gente precisa focar na agenda de despesa para que a gente aprove uma emenda constitucional, e leis infraconstitucionais, para que a gente já tenha em 2025 o impacto que espera no orçamento”, disse.
A ampliação da faixa de isenção do IR virá acompanhada de uma taxação para quem ganha mais de R$ 50 mil. Assim, a equipe econômica prevê que não haverá impacto nas contas públicas com as medidas.
A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil foi uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Até o momento, ela contempla aqueles que ganham até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824.
O governo espera aprovar, nas próximas duas semanas, no Congresso Nacional, a primeira parte do pacote fiscal de Haddad, que trata das medidas voltadas ao salário mínimo e benefícios sociais
"Vamos conseguir tirar e muito a pressão das despesas obrigatórias em 2025 e 2026, caso a gente aprove essas medidas agora", afirmou Durigan.