BRASÍLIA - Em meio ao discurso de fortalecer a soberania nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva receberam nesta quinta-feira (7) o diretor Kléber Mendonça Filho e o ator Wagner Moura para assistir ao filme “O agente secreto”, no Palácio da Alvorada.
Em seu discurso, Lula afirmou que o brasileiro não é menor que ninguém no mundo e destacou as premiações internacionais conquistadas pelo cinema brasileiro neste ano.
“Não somos nada secundários no planeta Terra. Há muito tempo conquistamos o direito de não ser tratado como terceiro mundo”, disse.
“Quem ainda tiver vergonha do Brasil achando que o Brasil não está preparado, é bom lembrar que a gente ganhou um Oscar nos Estados Unidos, Cannes na França e Berlim na Alemanha e, se tiver um prêmio em Paraty, vamos ganhar, em Garanhuns, vamos ganhar”, acrescentou.
No entanto, Lula declarou que melhor que todos esses prêmios foi o Brasil sair do Mapa da Fome. De acordo com relatório divulgado pela ONU, o país tem menos de 2,5% da população em insegurança alimentar grave. Os dados são da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
No Cine Alvorada desta quinta-feira, estavam presentes também integrantes do elenco e da produção e convidados. Com direito a tapete vermelho, o evento contou ainda com apresentação do grupo de frevo Guerreiros do Passo.
A trama do filme "O agente secreto" se passa em Recife, durante o ano de 1977, ainda no período da ditadura militar brasileira.
Questionado pela equipe do jornal O TEMPO Brasília, Wagner Moura confirmou que, na quarta-feira (6), foi entregue uma carta aberta ao presidente Lula, pedindo urgência na regulação do streaming (VOD, ou "video on demand"). Mas disse que o assunto não foi discutido nesta quinta-feira (7).
O texto é assinado por profissionais do audiovisual brasileiro, entre eles, Moura, Kléber Mendonça, Walter Salles, Fernanda Torres, Fernando Meirelles, em um total de 750 assinaturas.