BRASÍLIA - A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou que uma eventual paralisação de servidores envolvidos no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) não deve ameaçar a aplicação das provas, marcada para o próximo domingo (18). Ela falou nesta quinta-feira (15) durante participação no programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

O risco é pela articulação de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que reivindicam reajustes salariais e a reestruturação da carreira. O órgão é vinculado ao Ministério da Educação e é responsável pela elaboração e aplicação de provas no país. Uma possível paralisação será decidida em assembleia marcada para esta quinta-feira.

“A nossa expectativa é que não tenha nenhum impacto. A gente já conversou com eles. Eu acho que todo servidor público, mesmo quando está fazendo manifestação, greve, ele sabe que ele tem algumas atividades essenciais que não pode deixar de fazer, como um médico que não pode para uma UTI quando está fazendo greve. A gente sabe que tem responsabilidades e a gente tem conversado com eles sobre isso”, disse. 

A ministra acrescentou que “uma coisa é a negociação, e os servidores têm todo direito de fazer a mobilização que acharem necessária, mas tem uma coisa que é uma atividade essencial que envolve mais de dois milhões de pessoas no Brasil inteiro, mais de 20 órgãos que vão receber servidores”. “Pela nossa conversa, eu acho que vai transcorrer tudo bem no domingo”, frisou.

De acordo com Dweck, mais de 200 mil pessoas estarão envolvidas na aplicação do chamado “Enem dos concursos”, incluindo servidores do Inep e de outros órgãos federais, e contratados especificamente para o certame. “Uma parte é do Inep, mas tem gente de vários outros órgãos”, observou.

Esther Dweck completou que o governo “tem tido uma boa negociação com o Inep”. De acordo com ela, o Ministério da Gestão aceitou alterações pedidas pela categoria a uma proposta, e contraproposta deve ser analisada na assembleia desta quinta-feira. "Estamos aguardando a resposta deles”, declarou. 

O concurso unificado será aplicado no domingo em 228 cidades ao redor do país. Ao todo, são mais de 2,1 milhões de candidatos disputando 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal. Haverá ainda uma lista de espera com 13 mil candidatos que serão chamados para vagas remanescentes, adicionais ou novas temporárias que podem ser abertas.