BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (17), no Palácio do Planalto, um grupo de atletas paralímpicos que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, encerrados no dia 8 de setembro. "O que vocês fizeram na França, foi uma façanha, uma epopeia”, afirmou.

"A gente sabe da dificuldade das pessoas que não têm nenhuma deficiência. E a gente fica imaginando a dificuldade de uma pessoa que tem problemas, e muitas vezes ela não tem a compreensão da família. Eu sempre disse que não tem nada impossível para o ser humano quando ele quer fazer uma coisa”, completou.  

A delegação brasileira em Paris alcançou a melhor campanha da sua história, com 89 medalhas, sendo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Pela primeira vez, o Brasil terminou pela primeira vez no top 5 da classificação geral, em quinto lugar. O número de ouros foi recorde e superou a marca de 22 medalhas douradas conquistadas em Tóquio, em 2021.

Lula citou a importância da Bolsa Atleta para a conquista e ainda lembrou da criação do programa Segundo Tempo, em 2005, que incentivava a prática esportiva no contraturno nas escolas públicas.

“Quando a gente acredita e coloca na mão de vocês estruturas que o Estado tem que dar, facilita muito a vida das pessoas e aí é apenas uma questão de oportunidade e de chance”, disse.

O presidente acrescentou que, “enquanto for presidente”, os atletas podem contar com o apoio do governo federal. “Eu tenho muito orgulho quando vejo vocês competindo. Da parte do governo federal, pode ter certeza de que qualquer competição que vocês forem participar, o governo não quer ficar alheio”, disse.

O petista declarou que “a medalha é o ápice” e que os atletas que não ganharam também merecem o respeito e consideração. “Os atletas que não ganharam medalhas merecem a minha consideração e o meu respeito igual todos que ganharam medalhas de ouro, de prata e bronze, porque é muito difícil a pessoa se dedicar por quatro anos, treinar e num piscar de olhos a medalha escapa. Eu não sei o que é perder uma medalha, mas já perdi três eleições e não desisti. Não pode desistir, não pode desanimar”, afirmou. 

Os mineiros Claudiney Batista dos Santos, de Bocaiúva, representante do atletismo, e Ana Carolina Silva De Moura, de Belo Horizonte, atleta do taekwondo, estiveram presentes.