BRASÍLIA - A ministra substituta do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, minimizou nesta terça-feira (21) as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo ela, o Ministério de Relações Exteriores vai aguardar as decisões do novo governo. 

“Ele pode falar o que ele quiser. Vamos analisar cada passo das decisões que forem sendo tomadas pelo novo governo. Mas como somos um povo que tem fé na vida, acreditamos que tudo vai dar certo. Vamos trabalhar não as nossas divergências, mas as nossas convergências, que são muitas”, destacou. 

Na segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos em uma sessão fechada no Capitólio. Em meio a várias declarações consideradas polêmicas, o novo chefe de estado norte-americano falou sobre a relação dos EUA com o Brasil e com a América Latina. Questionado sobre a relação com a América do Sul, Trump respondeu: "É ótima. Eles precisam de nós muito mais do que precisamos deles". 

Algumas declarações de Trump durante a posse

Promessa de deportar 'milhões' de imigrantes em situação irregular: 'estrangeiros criminosos'

"Primeiro, vou declarar uma emergência nacional na nossa fronteira sul" com o México, disse o presidente no Capitólio, onde foi ovacionado. "Toda entrada ilegal será detida e começaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos a seus locais de procedência", acrescentou Donald Trump.

Governo dos EUA vai reconhecer apenas 'dois gêneros', diz Trump

“Também acabarei com a política governamental de tentar aplicar a raça e o gênero em cada aspecto das vidas pública e privada. A partir de hoje, a política do governo dos Estados Unidos é de que existem apenas dois gêneros, masculino e feminino”, ressaltou Trump.

Trump promete criação de impostos para outros países a fim de 'enriquecer cidadãos americanos'

"Começarei imediatamente a reformular nosso sistema comercial para proteger os trabalhadores americanos e suas famílias", afirmou Trump. "Em vez de tributar nossos cidadãos para enriquecer outros países, cobraremos tarifas e impostos de países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos", declarou o novo chefe de estado dos Estados Unidos.