BRASÍLIA - O ministro do Empreendedorismo e da Microempresa, Márcio França (PSB), se lançou como pré-candidato ao governo de São Paulo, em evento do PSB que alçou seu filho, o deputado estadual Caio França (PSB), a presidente do partido no Estado..

“Olha, pré-candidato, de verdade, você tem um período, que é a partir do ano que vem. Mas o desejo de disputar a eleição eu tenho. Eu já comuniquei isso a todo mundo internamente no partido”, disse.

França sinalizou que espera contar com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa em 2026. O PT ainda discute internamente qual posição adotar no pleito, e compor uma chapa liderada pelo PSB é uma das principais opções na mesa dos petistas.

“Claro que a gente faz parte de um governo federal hoje. Eu sou ministro e estou aguardando o presidente Lula, como ele enxerga o quadro. Ele ainda está fazendo os seus arranjos nacionais, mas tenho a impressão que caminha para um acordo”, disse França.

Em discurso no evento, Márcio França fez seguidas críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem chamou de “uma falsificação” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Também disse que Tarcísio ainda “não foi nem a 50 cidades” paulistas e “vendeu as coisas do Estado”, referindo-se à privatização da Sabesp.

Ainda é incerto se Tarcísio vai concorrer à reeleição no ano que vem. Publicamente, ele reafirma o desejo de tentar um novo mandato, mas ao mesmo tempo, é apontado como possível candidato à Presidência da República com a inelegibilidade de Bolsonaro.

Também estavam presentes no evento outros quadros do PSB, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, a deputada federal Tabata Amaral (SP) e o prefeito do Recife, João Campos. Márcio França classificou Tabata como a “futura prefeita de São Paulo” e Campos, como o “futuro presidente da República”.