BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta segunda-feira (21/7) a ofensiva da “extrema-direita” contra a democracia no mundo. A declaração foi dada durante encontro com a Sociedade Civil, em Santiago, capital do Chile.  

“A democracia está perdendo espaço, não para o socialismo, mas para a extrema-direita, com um comportamento fascista, nazista, que não respeita a relação civilizada entre os iguais e os desiguais”, afirmou o petista. 

Mais cedo, o presidente do Brasil participou de cúpula sobre democracia, junto com os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro e do Uruguai, Yamandú Orsi, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchéz. 

No encontro, os líderes progressistas defenderam o multilateralismo e a cooperação global baseada na justiça social. Em declaração à imprensa, Lula pregou a união contra "práticas intervencionistas", sem citar diretamente o tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. 

“Nesse momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos, requer participação ativa da academia, dos Parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado”, disse.