BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar, nesta quinta-feira (31/7), no Palácio da Alvorada, no dia seguinte à aplicação de sanções do governo dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.
Os convites foram enviados nesta tarde e o governo espera a confirmação dos membros da Corte, principalmente de Moraes. O Judiciário retorna do recesso nesta sexta-feira (1/8), o que eleva a expectativa para que os ministros estejam em Brasília. Todos foram convidados.
Na noite de quarta-feira, após o anúncio da aplicação da Lei Magnitsky sobre Moraes, Lula telefonou para o ministro e se solidarizou com ele. À noite, Moraes também compareceu ao jogo do Corinthians, na NeoQuímica Arena, em São Paulo.
Também após o anúncio pelo governo americano, Lula recebeu, no Palácio do Planalto, os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso, presidente do STF, para discutir os impactos e possíveis medidas a serem tomadas diante das sanções. No encontro, Lula reforçou que as ações do Judiciário não serão colocadas na mesa de negociação com os EUA.
Já na manhã desta quinta-feira, Lula debateu o tarifaço com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação).
No Planalto, a ordem é não tratar as exceções ao tarifaço anunciadas pela Casa Branca, que atingem 43% dos produtos exportados pelo Brasil, como uma vitória. Apesar de Haddad já ter admitido que a situação parte de um ponto melhor que o esperado, o governo ainda tenta negociar por mais concessões dos EUA.
O governo Lula também prepara um plano de contingência para socorrer os setores da economia brasileira que serão afetados pelo tarifaço. Entre os objetivos, está a preservação de empregos e a transferência de recursos para as empresas.