BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (9) o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, para uma visita de Estado no Palácio do Planalto. Após a reunião, que também contou com ministros de ambos os países, ambos fizeram uma declaração à imprensa.
Tanto Lula como Subianto não mencionaram, em seus pronunciamentos, o caso da brasileira Juliana Marins, que morreu presa no vulcão Mount Rinjani, na Indonésia, em junho, e gerou ampla repercussão no Brasil.
No discurso, Lula voltou a defender o multilateralismo, em meio aos tarifaços promovidos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que nesta semana ameaçou taxar em 10% os países do Brics, grupo do qual Brasil e Indonésia fazem parte.
Lula também reafirmou as críticas às ações das tropas de Israel na Faixa de Gaza e cobrou que a Palestina seja reconhecida como um Estado Pleno.
“Nossos países também têm denunciado incansavelmente as atrocidades cometidas contra a população palestina em Gaza. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia dos que se calam diante das mais flagrantes violações do nosso tempo. Reconhecer o Estado palestino e permitir seu ingresso como membro pleno da ONU é garantir a simetria necessária para viabilizar a solução de dois Estados”, disse.
Na reunião, foi tratada uma possível viagem de Lula à Indonésia em outubro, como retribuição da visita desta quarta-feira. Em seu discurso, o presidente indonésio afirmou que quer “comemorar o aniversário de Lula na Indonésia”. O petista fará 80 anos de idade no dia 27 de outubro.
A visita de Subianto põe fim a uma série de agendas internacionais de Lula em território brasileiro. Nesta semana, ele foi o anfitrião da 17ª Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, e recebeu, em Brasília, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.