BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravou, no Palácio do Planalto, um pronunciamento que vai ao ar em rede nacional de rádio e televisão na noite deste sábado (6/9), devido ao Dia da Independência, no domingo (7/9).

O discurso à nação em homenagem ao 7 de setembro se tornou uma tradição no governo do petista. Em 2023 e 2024, o governo também exibiu uma fala do presidente em cadeia nacional.

A expectativa é que no pronunciamento, Lula volte a exaltar a defesa da soberania nacional, no momento em que o país lida com o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Além disso, autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio Poder Executivo são alvo de sanções do governo americano, que também investiga o Pix - tema recorrente nas manifestações do petista.

Lula ainda deve criticar adversários que atuam a favor ou defendem as ações do governo Trump, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA e articula junto a autoridades daquele país.

Outros pontos que devem ser abordados pelo presidente são a pauta ambiental, destacando a realização da COP30 em Belém, no mês de novembro; o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil; e a saída do Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, ressaltando que “soberania” também se relaciona com o combate à fome.

Este é o segundo pronunciamento em rede nacional em que Lula vai abordar o tarifaço e falar contra interferências de outros países e agentes externos. Em julho, ele disse que ficou “indignado por saber que esse ataque ao Brasil tem apoio de alguns políticos” e que recebeu "uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras".

Já no último pronunciamento de 7 de setembro, no ano passado, o principal tema foi a defesa da democracia. Lula relembrou os atos de 8 de janeiro de 2023, que chamou de "tentativa de golpe", e afirmou que democracia "não é o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo".