A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu às 13h29 desta sexta-feira (14) o pedido do Ministério da Saúde para que autorize o uso de autotestes de covid-19, quando o próprio usuário verifica se está com a doença. A modalidade de testagem ainda não é permitida no Brasil.
Os autotestes são a aposta do governo federal para reduzir a pressão nos postos de saúde durante a nova onda de alta no índice de infecções pelo coronavírus, alavancada pela variante ômicron, segundo informou o ministro Marcelo Queiroga.
O Ministério da Saúde disse ter feito a solicitação à Anvisa na noite de quinta-feira (13) via e-mail, mas a autoridade sanitária não recebeu a nota técnica da pasta no correio eletrônico e nos outros sistemas utilizados.
Segundo a Anvisa, a solicitação foi enviada pelo Ministério da Saúde também nesta sexta, às 12h22, por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Agora, o documento está com a Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) da agência sanitária, que dará prosseguimento à análise.
Segundo o pedido do Ministério da Saúde, "qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade" poderia aplicar em si mesmo o teste. O ministério afirma que a procura por exames de covid-19 “tem aumentado de forma exponencial” e “há grande demanda por testes rápidos na rede assistencial de saúde”.
O documento também afirma que como o resultado sai em um curto espaço de tempo, o autoexame seria uma estratégia de triagem sem que o usuário tenha de ir a uma unidade de saúde. Assim, o isolamento do infectado seria iniciado mais rápido.
A intenção é que os autotestes sejam disponibilizados em estabelecimentos de saúde, como farmácias. O equipamento já é vendido em países europeus e nos Estados Unidos.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes.