Após esvaziamento, Lula cancela participação em evento sobre clima na Etiópia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou sua participação em um evento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Adis Abeba, capital da Etiópia, nesta sexta-feira (16).

A desistência se deu em função de um esvaziamento do evento, com a ausência, inclusive, do anfitrião, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed. Além dele, não compareceu o presidente de Angola, João Lourenço, que convocou uma reunião emergencial para tratar de uma crise entre Uganda e República Democrática do Congo (RDC), dois países próximos e fronteiriços cujo conflito já leva anos. Lourenço foi nomeado pela União Africana mediador do conflito.

Segundo o Palácio do Planalto, no evento Lula iria discutir e fazer um apelo por mais ações de apoio financeiro e “intervenções políticas, inovação e conhecimento a fim de aprimorar a resiliência climática e a adaptação nos sistemas agrícolas e alimentares na África”.

O presidente brasileiro está na Etiópia para participar da cúpula da União Africana. Mais cedo, ele fez uma reunião com o primeiro-ministro etíope, na sede do governo local. Neste ano, a Etiópia passou a fazer parte do Brics e a União Africana, sediada no mesmo país, tornou-se membro permanente do G20, iniciativas que contaram com o apoio de Lula.

Fui recebido pelo primeiro-ministro da Etiópia, @AbiyAhmedAli, e conversamos sobre a relação entre nossos países e o aumento do comércio entre nós. Falamos também sobre o potencial de evolução dessas relações com o ingresso da Etiópia nos Brics e do G20 que acontece este ano no… pic.twitter.com/xMQUx4TDqG

— Lula (@LulaOficial) February 16, 2024

A agenda do chefe brasileiro ainda teve outros compromissos oficiais, como uma cerimônia de oferenda floral em homenagem aos “heróis caídos na Batalha de Adwa”, ocorrida em 1896 entre a Etiópia e a Itália, e uma visita ao Museu Memorial de Adwa. Lula seguirá no país africano até domingo (18). Desde que assumiu a presidência pela terceira vez, Lula tem defindido uma maior aproximação do Brasil com o continente africano.