Pane no governo

Após Saúde, 3 órgãos confirmam ataque hacker e 7 sites sofrem instabilidade

Assim como as plataformas do Ministério da Saúde, que ainda não voltaram a funcionar plenamente, outros sites hospedados no gov.br registram instabilidade na manhã desta terça-feira (14)

Por Renato Alves
Publicado em 14 de dezembro de 2021 | 11:09
 
 
 
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Assim como as plataformas do Ministério da Saúde, que ainda não voltaram a funcionar plenamente, outros sites hospedados no gov.br registram instabilidade na manhã desta terça-feira (14). Entre eles o site do Palácio do Planalto, onde é divulgada a agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras ações da Presidência da República.

A mensagem de que “Não é possível aceder a este site” é exibida quando o usuário tenta acessar plataformas como os sites dos ministérios da Economia, Educação, Secretaria-Geral da Presidência, Casa Civil, Cidadania, Trabalho e Previdência, e Agricultura,

Na segunda-feira (13), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou um segundo ataque às plataformas da pasta, e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) confirmou, em nota, que mais de um órgão havia sido afetado, sem especificar quantos. Disse, ainda, que o Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (CTIR Gov) emitiu um alerta sobre o ataque.

A equipe do O TEMPO em Brasília apurou que, além do Ministério da Saúde, outros órgãos federais foram alvo de ataques hacker na última sexta-feira (10). É o caso da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Federal do Paraná (IFPR), que tiveram seus sistemas invadidos na semana passada.

O ConecteSUS – a plataforma do ministério onde é possível acessar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 – está fora do ar desde sexta. No domingo (12), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que voltará a funcionar nesta terça-feira (14).

Ministro do STF mandou governo exigir comprovante de vacinação

O governo federal havia editado portaria prevendo a exigência do chamado “passaporte da vacina” a partir do sábado (11), mas devido ao ataque hacker, os efeitos da portaria foram suspensos por sete dias. 

Porém, no sábado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a cobrança do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para os viajantes vindos de outros países que desembarcam no Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota divulgada na segunda-feira (13), que notificou os postos de fronteira, especialmente de aeroportos, para o cumprimento imediato da decisão do ministro.

Segundo a Anvisa, a decisão “teve efeito imediato, sem prazo de adequação, e, por isso, exige da Agência a realização de avaliações pontuais, especialmente em relação aos passageiros que já estavam em deslocamento ou em trânsito no momento em que a decisão foi emitida”. 

Além disso, de acordo com a nota, a agência está implementando, ao mesmo tempo, a cobrança e orientação aos viajantes em todos os aeroportos que recebem voos internacionais, "de forma que os passageiros já foram interpelados em relação à exigência do documento"

Na mesma nota, a Anvisa informa que ainda aguarda a edição de nova portaria do governo Bolsonaro, anunciada para esta segunda-feira, "com maior detalhamento das regras para a entrada de viajantes no Brasil, a fim de que possa realizar as adequações operacionais que se fizerem necessárias". 

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