Bolsonaro oferece bateria de nióbio a Elon Musk, mas ele não está interessado

Defendido com rigor pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a campanha eleitoral de 2018, mas ignorado por parte considerável da indústria, o nióbio voltou a ser assunto, desta vez na conversa do chefe do Executivo federal com o magnata Elon Musk. 

Acompanhado do ministro das Comunicações Fábio Faria, Bolsonaro contou em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (20), alguns dos destaques do encontro que tiveram com o dono da empresa Tesla, que produz e vende automóveis elétricos de alto desempenho.

"Obviamente, falei com ele [Elon Musk] sobre a bateria de nióbio. E, obviamente, eles estão aprofundando o estudo para agregar o grafeno para que tenha uma super bateria de carga bastante rápida. No momento, isso não está no radar deles", afirmou Bolsonaro, sem disfarçar a decepção com o excêntrico bilionário sul-africano.

"Eles acham que tem que esperar um pouco mais para investir nessa área. Eu falei que o Brasil é o único país do mundo que até o momento detém 98% das reservas de nióbio. Então ele acredita que, no momento, não é hora de investir nesse tipo de bateria", disse Bolsonaro, que tem no nióbio uma espécie de "cloroquina mineral", tamanha é a insistência no recurso natural de baixo interesse comercial.

"Mas se realmente esse estudo se mostrar promissor, com toda certeza a empresa dele vai entrar firme, porque seria uma revolução na indústria automobilística, a super bateria de nióbio e grafeno", aposta o presidente.

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