O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a pressão da ala política por aumento no teto de gastos. Disse que isso é natural, considerando a intenção deles de ganharem as eleições. Contudo, afirmou que não está havendo uma "libertação" quanto ao assunto. As declarações foram dadas em entrevista à imprensa, após receber o presidente Jair Bolsonaro, que foi ao Ministério da Economia para dar apoio público ao auxiliar, que vem sofrendo pressões após pedidos de demissão de membros de sua equipe econômica.

"Quanto mais próximo da eleição mais fura teto tem. É natural. Todo mundo quer ganhar eleição, todo mundo quer gastar um pouco. Nossa função é fazer tudo dentro da responsabilidade fiscal e não deixar isso acontecer, a não ser em um episódio muito especial", explicou o ministro.

Guedes destacou que a atual conjuntura, com problemas econômicos causados pela pandemia, é um desses momentos. Porém, que continuará de olho nos limites impostos pela responsabilidade fiscal.

"Nós estamos de olho nesses limites. Isso não é uma libertação, uma falta de compromisso, sair do teto, rever arquitetura fiscal brasileira. Não é isso que está acontecendo. Está acontendo uma coisa muito ponderada que é a seguinte: já que o programa é temporário e a arrecadação subiu muito, ele pode ser um pouco acima do programa permanente", disse o titular da Economia.

Durante a coletiva, Guedes reforçou que permanecerá no cargo e ganhou o apoio do presidente da República em sua função. Ele também anunciou Esteves Colnago como novo secretário de Orçamento.

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