BRASÍLIA - O presidente Lula (PT) destacou, neste sábado, que o Brics “segue como fiador de um futuro promissor” e que “diante do ressurgimento do protecionismo, cabe às nações emergentes reformar a arquitetura financeira internacional”.
As declarações foram feitas durante a cerimônia de abertura do Fórum Empresarial do Brics, que acontece no Rio de Janeiro, neste sábado. Ainda ao falar sobre o papel das nações emergentes, o presidente ressaltou também que elas devem "defender o regime multilateral de comércio”.
Em seu discurso, Lula citou as inovações geradas pela inteligência artificial e defendeu uma "governança multilateral". " Na ausência de diretrizes claras coletivamente acordadas, modelos gerados apenas com base na experiência de grandes empresas de tecnologia vão se impor. Os riscos e efeitos colaterais da inteligência artificial demandam uma governança multilateral", alertou.
O presidente mencionou ainda as iniciativas voltadas para a sustentabilidade do meio ambiente. "A descarbonização de nossas economias é um processo irreversível. A poucos meses da COP 30, reforçamos nossa responsabilidade com a promoção de uma transição ecológica justa e inclusiva", reforçou o petista.
Ao longo deste sábado, Lula tem cinco reuniões bilaterais com representantes de cinco países, entre eles, o primeiro-ministro da China, Li Qiang. O evento deste sábado ocorre antes do encontro oficial do Brics, marcado para este domingo (6) e para segunda-feira (7) também no Rio de Janeiro.
O Brics reúne África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Índia, Indonésia e Rússia com o objetivo de desenvolver e adotar medidas de cooperação econômica e política. O grupo conta ainda com países convidados como Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Nigéria e Vietnã.