Terror em Brasília

Governador afastado, Ibaneis Rocha presta depoimento na sede da Polícia Federal

Ibaneis Rocha foi afastado do cargo, pelo prazo inicial de 90 dias, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Por Renato Alves
Publicado em 13 de janeiro de 2023 | 12:14
 
 
 
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (13). Ele é acusado de omissão diante das ameaças, que se concretizaram, de ataques às sedes dos três poderes. Por isso o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o afastou do cargo pelo prazo inicial de 90 dias.

Na decisão, Moraes lista os motivos do afastamento. Entre eles, a "omissão e conivência" do governador com os atos, que resultram na "ausência do necessário policiamento" da Polícia Militar do DF, a autorização para a entrada de ônibus de manifestantes em Brasília e a "total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército".

É a primeira vez que Ibaneis presta depoimento à PF após bolsonaristas radicais invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, durante atos terroristas ocorrido no último domingo (8).

Ibaneis pediu para depor à Polícia Federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que Ibaneis se ofereceu de forma espontânea para prestar depoimento na PF.

"Neste momento (pouco depois das 12h), está ocorrendo a oitiva do excelentíssimo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Faço questão de frisar que foi um oferecimento espontâneo do próprio governador. Ele procurou a Polícia Federal dizendo que gostaria de prestar depoimento e está sendo ouvido neste momento", afirmou Dino durante coletiva de imprensa na sede do Ministério da Justiça.

Os advogados do governador afastado também disseram que ele decidiu se adiantar à eventual intimição e pediu para "prestar esclarecimentos" à PF. A defesa de Ibaneis também pediu acesso aos autos do inquérito.

Ibaneis alega que plano de segurança foi sabotado

Na quarta (11), a defesa de Ibaneis encaminhou um memorial a Alexandre de Moraes e se colocaram à disposição do ministro. No documento, os advogados do governador afastado afirmam que o plano de ações de segurança pública para o domingo foi sabotado, e que isso permitiu a invasão de golpistas às sedes dos Três Poderes.

Segundo um memorial, havia um "protocolo de ações integradas, previamente elaborado com a finalidade de promover ações de segurança pública", e Ibaneis "confiou na sua execução, ainda com mais razão quando obteve informações de que tudo transcorria de maneira absolutamente tranquila e pacífica".

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