CONTAS PÚBLICAS

Governo Lula deve fechar 2023 com déficit de R$ 125 bi a R$ 130 bi

Secretário acredita que a economia pode voltar a ‘surpreender’ no ano que vem, apesar das projeções

Por Levy Guimarães
Publicado em 27 de dezembro de 2023 | 18:29
 
 
 
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O governo central deve encerrar o ano de 2023 com um déficit entre R$ 125 bilhões e R$ 130 bilhões, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Este é o valor total que o governo deve gastar a mais do que arrecadar. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Tesouro Nacional.

Segundo o secretário nacional do Tesouro, Rogério Ceron, alguns fatores contribuíram para o aumento do rombo. Entre eles, a lei de compensação a estados e municípios pela isenção do ICMS, que elevou o déficit de 1% para 1,2% e a redução da inflação.

No geral, o maior rombo,  como já é costume, foi na Previdência Social, que de janeiro a novembro deste ano, teve déficit de R$ 290,6 bilhões. Já o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit de R$ 176,2 bilhões.

O relatório do Tesouro também apresentou os dados de novembro, quando o governo gastou R$ 39,4 bilhões a mais do que arrecadou. Para o mês de dezembro, a estimativa é de um novo déficit, em torno de R$ 10 bilhões.

Em relação a 2024, Rogério Ceron reafirmou a meta traçada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit nas contas. Uma das apostas são medidas, ainda não previstas na Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional, que devem alavancar em R$ 24 bilhões a arrecadação federal. O pacote ainda será anunciado pela equipe econômica.

O secretário minimizou as projeções consideradas céticas do mercado financeiro em relação à economia brasileira em 2024. Citou que em 2023, o crescimento do PIB ficou acima das expectativas - cerca de 3%, contra 0,7% projetados pelo mercado.

“Para 2024, tem previsões que parecem abaixo do que deve acontecer na nossa visão. Tem uma parte positiva nesse sentido, porque se a atividade econômica responder melhor como esperamos, se o fiscal for melhor que o mercado está esperando, são fatores que apoiam positivamente o clima econômico para 2024. Então é mais fácil surpreender positivamente do que negativamente”, disse.

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