O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, nomeou a ex-coordenadora do Movimento dos Sem Terra (MST) Kelli Cristine de Oliveira Mafort como número dois da pasta. Ela vai ocupar a secretaria-executiva do ministério, conforme publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (17).
Lotada na Secretaria-Geral, Kelli antes ocupava o posto de secretária nacional de diálogos sociais e articulação de políticas públicas. A troca ocorreu após Maria Fernanda Coelho pedir desligamento do cargo em meio a polêmicas por uma viagem feita pelo ministro e três servidores para Aracaju (SE) em meio a uma festa de Carnaval fora de época.
Por meio de sua conta no X, antigo Twitter, a nova secretária agradeceu Macêdo pelo convite e pela confiança depositada. “Agradeço aos movimentos sociais, populares, urbanos, do campo, indígenas e quilombolas, aos movimentos sindicais e organizações da sociedade civil pelo permanente compartilhar”. escreveu.
Na última semana, veio à tona a polêmica de que o ministro e três servidores do ministérios foram para Aracaju (SE), no final do ano passado, em meio a uma festa de Carnaval fora de época. Um deles foi um fotógrafo oficial da Presidência da República encarregado de registrar a participação de Macêdo no “Pré-Caju”.
Apesar de ter ocorrido entre 3 e 5 de novembro de 2023, quando aconteceu o “Pré-Caju”, o episódio veio à tona na terça-feira (9), após o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, revelar que a secretária-executiva da pasta, Maria Fernanda Ramos Coelho, pediu exoneração do cargo após se recusar a aprovar as viagens.
No pedido de concessão de diárias e passagens, o motivo para a convocação dos servidores que acompanharam Márcio Macêdo era uma agenda do Instituto Renascer para Vida (Revida), cuja sede fica em um município vizinho a Aracaju. No entanto, a agenda oficial do ministro não registrou nenhuma missão no período. Além disso, ele não postou foto alguma do encontro em suas redes sociais.
Macêdo disse que somente soube que R$ 18 mil dos cofres públicos foram usados para pagar as viagens dos servidores pela imprensa. Ele pediu a abertura de uma sindicância, disse que se tratava de um erro formal e que os três funcionários públicos já devolveram o dinheiro para a União.