Governo

Na Guiana, Lula afirma que 'genocídio em Gaza afeta toda a humanidade'

Nesta quarta-feira (28), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou novamente o presidente da República

Por Gabriela Oliva
Publicado em 28 de fevereiro de 2024 | 16:47
 
 
 
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a chamar de "genocídio" o que está acontecendo na Faixa de Gaza. A fala ocorreu nesta quarta-feira (28), durante participação em sessão especial com Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom).

"Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe", afirmou.

Lula também afirmou que "guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes. O Brasil seguirá lutando pela paz mundial".

Desde 18 de fevereiro, quando o presidente comparou a situação do povo palestino, em função do conflito entre Israel e o grupo Hamas, aos judeus perseguidos na Alemanha nazista por Adolf Hitler, o presidente afirmou em outras ocasiões que acontece na região é "um genocídio".

A primeira vez que o presidente classificou como "genocídio" a situação em Gaza foi em coletiva na Etiópa. Depois, na sexta-feira (23), durante o lançamento do edital da Petrobras de R$ 250 milhões para projetos culturais, no Rio de Janeiro, Lula voltou a falar sobre o assunto. 

Posteriormente, durante uma entrevista veiculada pela RedeTV na noite de terça-feira (27), ao jornalista Kennedy Alencar, o presidente esclareceu que não utilizou a palavra "holocausto", mas voltou a chamar o ato de "genocídio". A quarta fala aconteceu hoje.

Nesta quarta-feira (28), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou novamente Lula: "Você disse que a guerra justa de Israel contra o Hamas em Gaza é a mesma que Hitler e os nazistas fizeram aos judeus e feriu a memória dos 6 milhões de judeus que foram assassinados no Holocausto. Não esqueceremos nem perdoaremos".

A crítica veio acompanhada de uma imagem artificial na qual Lula aparece com expressão triste segurando um cartaz com os dizeres ‘Não disse Holocausto’.

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