O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a chamar de "genocídio" o que está acontecendo na Faixa de Gaza. A fala ocorreu nesta quarta-feira (28), durante participação em sessão especial com Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom).
"Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe", afirmou.
Lula também afirmou que "guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes. O Brasil seguirá lutando pela paz mundial".
Desde 18 de fevereiro, quando o presidente comparou a situação do povo palestino, em função do conflito entre Israel e o grupo Hamas, aos judeus perseguidos na Alemanha nazista por Adolf Hitler, o presidente afirmou em outras ocasiões que acontece na região é "um genocídio".
A primeira vez que o presidente classificou como "genocídio" a situação em Gaza foi em coletiva na Etiópa. Depois, na sexta-feira (23), durante o lançamento do edital da Petrobras de R$ 250 milhões para projetos culturais, no Rio de Janeiro, Lula voltou a falar sobre o assunto.
Posteriormente, durante uma entrevista veiculada pela RedeTV na noite de terça-feira (27), ao jornalista Kennedy Alencar, o presidente esclareceu que não utilizou a palavra "holocausto", mas voltou a chamar o ato de "genocídio". A quarta fala aconteceu hoje.
Nesta quarta-feira (28), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou novamente Lula: "Você disse que a guerra justa de Israel contra o Hamas em Gaza é a mesma que Hitler e os nazistas fizeram aos judeus e feriu a memória dos 6 milhões de judeus que foram assassinados no Holocausto. Não esqueceremos nem perdoaremos".
A crítica veio acompanhada de uma imagem artificial na qual Lula aparece com expressão triste segurando um cartaz com os dizeres ‘Não disse Holocausto’.