Nomeado nesta quarta-feira (11) como o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida disse, em seu primeiro pronunciamento à frente da pasta, que terá como prioridade a desestatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
Ele anunciou que, como primeiro ato à frente da pasta, solicitará ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que leve ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a inclusão da petrolífera brasileira “para avaliar as alternativas de sua desestatização”
“Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos pendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras”, afirmou.
Sachsida também traçou como prioridade avançar no processo de capitalização da Eletrobras. A estatal do setor elétrico teve sua desestatização aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional, por meio de medida provisória enviada pelo governo federal.
O processo deve ter a análise concluída pelo Tribunal de Contas da União na próxima quarta-feira (18). O governo tem pressa para concluir a operação ainda neste ano.
Segundo o ministro, as medidas irão “atrair mais capitais para o Brasil e mostrar ao mundo que o Brasil é o porto seguro do investimento”.
No mesmo discurso, Sachsida listou projetos que considera prioritários para aprovação no Congresso Nacional. Entre eles, o de modernização do setor elétrico, que flexibiliza regras do mercado de energia, e a mudança do regime de partilha da exploração do pré-sal.
Adolfo Sachsida assumiu o cargo no lugar de Bento Albuquerque, exonerado esta quarta. A troca de comando acontece após um novo reajuste no preço do óleo diesel anunciado pela Petrobras.
No entanto, ainda não há perspectiva de que a política de preços praticada pela estatal seja alterada com a mudança na pasta.
Antes de assumir o Ministério de Minas e Energia, Sachsida ocupava a chefia da Assessoria Especial do Ministério da Economia. Ele estava na equipe do Ministro Paulo Guedes desde o inicio do governo Bolsonaro, quando foi secretário de Política Econômica da pasta. Antes, foi um dos assessores econômicos do presidente durante a campanha eleitoral em 2018.
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