O presidente e o vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente, foram diplomados nesta segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ato de diplomação reconhece a vitória da chapa no pleito realizado em outubro deste ano, afasta pendências e torna os políticos aptos a tomarem posse em 1º de janeiro de 2023.

Em seu discurso como presidente eleito, Lula defendeu o sistema de Justiça do Brasil. Para o petista, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE tiveram "coragem" em defender a democracia durante o processo eleitoral.

Leia abaixo os principais pontos do discurso do presidente eleito:

Diploma do povo

Lula disse que o diploma que recebeu nesta segunda pertence ao povo brasileiro que, segundo ele, conquistou o direito de viver em uma democracia.

"Esse diploma não é do Lula presidente, mas de parcela significativa do povo que conquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma", disse Lula.

Choro

No início do discurso, Lula chorou ao citar críticas que sofreu por não ter diploma universitário. O petista agradeceu a Deus e foi aplaudido em seguida. 

Normalidade institucional 

Lula disse ainda buscará em seu mandato retomar a "normalidade institucional".

"É com o com promisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo", concluiu.

Críticas à Bolsonaro 

Ao apontar o antagonismo a Bolsonaro, Lula frisou que as eleições foram "uma disputa entre duas visões de mundo e de governo", e não "entre candidatos de partidos políticos com programas distintos". Segundo ele, de um lado estava "o projeto de reconstrução do país, com ampla participação popular", enquanto do outro havia "um projeto de destruição do país ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo de nossa história".

Democracia

O petista apontou que há um desafio mundial à democracia, "talvez maior do que no período da Segunda Guerra Mundial", com "inimigos" que "usam e abusam dos mecanismos de manipulações e mentiras". Lula defendeu um combate a nível global para o problema, com tecnologias avançadas e uma legislação internacional "mais dura e eficiente".

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