Em cerimônia lotada de autoridades no Palácio do Planalto, nove dos 23 ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL) se despediram para se pré-candidatarem às urnas em outubro. Na mesma cerimônia, foram anunciados os respectivos substitutos das pastas.
Para cumprir o rito, foram exonerados, em publicação do Diário Oficial da União desta quinta-feira (31), os seguintes ministros e ministras: João Roma (Cidadania), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura e Pecuária), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Gilson Machado (Turismo) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Acompanhando essa sequência, assumem as respectivas pastas: Ronaldo Vieira Bento, que era chefe de Assuntos Estratégicos da Cidadania; José Carlos Oliveira, ex-presidente do INSS; Marcelo Sampaio Cunha Filho, ex-secretário-executivo da Infraestrutura; Marcos Montes, ex-secretário-executivo da Agricultura.
No Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, assume Cristiane Rodrigues Britto, ex-secretária nacional de Políticas para Mulheres. Ainda na sequência, assume Célio Faria Júnior, ex-chefe do gabinete pessoal do presidente da República; Daniel de Oliveira Duarte, ex-secretário-executivo do Desenvolvimento Regional; Carlos Alberto Gomes Brito, ex-presidente da Embratur; Paulo César Rezende de Carvalho, ex-secretário de Empreendedorismo e Inovação da Ciência e Tecnologia.
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que está na lista de cotados para assumir o posto de vice-presidente na chapa com Bolsonaro, não apareceu na cerimônia entre os que se despediram, mas foi exonerado no Diário Oficial da União para assumir o posto de assessor especial da Presidência.
Em seu lugar, no Ministério da Defesa, assumiu o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que ficou conhecido por ter autorizado que a filha do presidente, Laura Bolsonaro, fosse admitida no Colégio Militar de Brasília sem prestar concurso, como os demais alunos.
Chegada de Laura Bolsonaro a Colégio Militar causa aflição em professores
A terceira troca no alto comando das Forças Armadas do governo Bolsonaro ocorreu em uma cerimônia fechada no Clube do Exército, em Brasília. Quem assumiu o comando do Exército no lugar de Oliveira foi o também general Marco Antônio Freire Gomes.
A ministra Damares Alves também ainda não anunciou qual cargo do Legislativo ou Executivo estadual pretende disputar.
Onyx Lorenzoni (Trabalho), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e João Roma (Cidadania) vão concorrer aos governos estaduais do Rio Grande do Sul, de São Paulo e da Bahia, respectivamente.
Visando o Senado, estão Flávia Arruda pelo Distrito Federal, Rogério Marinho pelo Rio Grande do Norte e Gilson Machado, por Pernambuco. Há ainda Marcos Pontes na disputa à Câmara dos Deputados por São Paulo.
Além dos ministros, foram exonerados também nesta quinta-feira Alexandre Ramagem (diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin), Mário Frias (secretário especial de Cultura) e Sérgio Camargo (presidente da Fundação Cultural Palmares). Todos são pré-candidatos na eleição de outubro.
Dessas exonerações do governo federal, Frias é o único que já teve substituto apontado. Em decreto, o presidente Jair Bolsonaro indicou para o cargo Hélio Ferraz de Oliveira, que até então ocupava o cargo de secretário adjunto da pasta.
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